Os Modismos na Hora de Elaborar um Planejamento Estratégico 

O cenário empresarial está em constante evolução, e as empresas enfrentam desafios cada vez mais complexos e dinâmicos. Isso naturalmente leva à busca por soluções inovadoras que possam ajudar as organizações a se adaptarem e prosperarem. No entanto, é importante distinguir entre verdadeiras inovações e modismos passageiros. 

Um dos modismos mais comuns na hora de elaborar um planejamento estratégico é a obsessão por ferramentas e técnicas sofisticadas. Muitas empresas acreditam que, se utilizarem as últimas tecnologias e softwares de planejamento, automaticamente terão uma vantagem competitiva. No entanto, a verdade é que a eficácia de qualquer ferramenta ou técnica depende de como ela é utilizada e integrada à cultura organizacional. Usar uma ferramenta avançada de planejamento estratégico sem compreender completamente sua funcionalidade e sem o comprometimento da equipe pode ser inútil e até mesmo prejudicial. 

Outro modismo comum é a busca incessante por metodologias de planejamento estratégico “inovadoras” que prometem revolucionar a forma como as empresas abordam o processo. Embora seja importante estar aberto a novas abordagens, muitas dessas metodologias acabam sendo apenas variações de frameworks já estabelecidos, como o SWOT (Strengths, Weaknesses, Opportunities, Threats), Modelo das Cinco Forças de Porter, o BSC ou o menos conhecido Hoshin Kanri (muito eficaz, recebendo o rótulo de ter sido um poderoso aliado no destaque que a Toyota ganhou no século passado). Essas abordagens clássicas são sólidas e eficazes quando aplicadas corretamente, e muitas vezes os “modismos” só adicionam complexidade desnecessária ao processo. 

Além disso, a falta de consistência no planejamento estratégico é um problema que muitas empresas enfrentam devido aos modismos. À medida que novas tendências surgem, as organizações podem ser tentadas a abandonar seu plano atual em favor da última novidade. Isso cria um ciclo de instabilidade e impede que a empresa siga uma direção clara e consistente a longo prazo. O planejamento estratégico deve ser uma atividade contínua e consistente, e não algo que muda a cada vez que surge um novo modismo. 

Para evitar cair na armadilha dos modismos na hora de elaborar um planejamento estratégico, as empresas devem adotar uma abordagem equilibrada. Isso inclui: 

  1. Avaliar a relevância: Antes de adotar uma nova ferramenta ou metodologia, é importante avaliar cuidadosamente se ela realmente se encaixa nas necessidades e na cultura da empresa. 
  2. Investir em capacitação: Em vez de simplesmente adotar ferramentas ou técnicas avançadas, as empresas devem investir na capacitação de sua equipe para garantir que eles compreendam plenamente como usar essas ferramentas de forma eficaz. 
  3. Manter a consistência: O planejamento estratégico deve ser uma atividade consistente e de longo prazo. As empresas devem resistir à tentação de mudar de direção a cada vez que surgir um novo modismo. 
  4. Adotar abordagens comprovadas: Em muitos casos, as abordagens tradicionais de planejamento estratégico, como o BSC, são altamente eficazes. Não há necessidade de reinventar a roda a cada vez que você atualiza seu plano. 

Em resumo, os modismos na hora de elaborar um planejamento estratégico podem ser tentadores, mas é importante abordá-los com cautela. A verdadeira inovação no planejamento estratégico muitas vezes reside na forma como uma empresa aplica conceitos e ferramentas estabelecidas de maneira inteligente e adaptada às suas necessidades específicas. Manter o foco na consistência, na capacitação da equipe e na avaliação cuidadosa das tendências é essencial para o sucesso a longo prazo no mundo dos negócios. 

Mesmo para a estratégia da organização mais complexa do mundo O SIMPLES FUNCIONA. 

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